tag:blogger.com,1999:blog-22770657065996007172024-02-20T12:00:09.880-08:00ÁgoraO espaço público por excelência, onde ocorrem as discussões da polis.TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.comBlogger27125tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-66017013605342768202009-08-16T05:32:00.000-07:002009-08-16T06:13:08.337-07:00Fé<div style="text-align: justify;"><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia; color:black">Sempre tive Fé. Todos os dias rezava, rezo e rezarei. Tenho as minhas fraquezas, as minhas faltas de disciplina, por vezes cedo às pequenas tentações do dia-a-dia, mas penso que nunca me faltou o<span class="apple-converted-space"> </span><i>Dom</i><span class="apple-converted-space"> </span>da Fé.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia; color:black">A existência de Deus, a Sua presença na minha vida e a intercessão do Espírito Santo nas minhas concretizações, sempre foram factos que pude verificar, mais ainda que sempre pude sentir – de facto, sinto-O na minha vida, como sinto quando estou de olhos fechados que os meus filhos me tocam nas mãos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia; color:black">Contudo, sempre vi a minha Fé e a prática de uma religião (porque todas as Religiões têm esse denominador comum) como um convite a ser um Homem Novo, isto independentemente da promessa da<span class="apple-converted-space"> </span><i>Vida Eterna</i>.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia; color:black">Urge lutar contra um Mundo cheio de injustiça, de desigualdades, de falta de Fé, dos falsos deuses, do capitalismo exacerbado que leva a praticarmos uma vida desequilibrada, na qual não temos tempo para nada...</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia; color:black">Mas, na vida vamos experimentando vivências e acontecimentos que nos fazem evoluir, crescer e mudar.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia; color:black">A morte do meu irmão Pedro, que muito me magoa, não me leva a uma situação de falta de Fé. Pelo contrário, leva-me a aumentar a minha Fé.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia; color:black"><o:p>Em termos factuais, traz-me, de forma bem dolorosa, a consciência da morte.</o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia; color:black">Sucede que não é concebível um Deus de Amor – considerando-O na sua tripla vertente da Santíssima Trindade – que leva um filho por maldade. Nenhum pai faz mal ao seu filho. Nenhum irmão cheio de Amor faz mal ao seu irmão, e o Amor (Espírito Santo) é a própria negação do mal.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia; color:black">O único revés da morte do meu querido irmão Pedro, é que Deus chama à minha atenção, bem como àqueles que queiram ver, que a<span class="apple-converted-space"> </span><i>Vida Prometida</i><span class="apple-converted-space"> </span>não é um horizonte longínquo que só chegará um dia, mais tarde, daqui a muitos anos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia; color:black">A nossa passagem pela Vida térrea é efémera e, fruto da nossa fragilidade da condição Humana, podemos ser chamados a qualquer momento à presença do Senhor.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia; color:black">Ora, esta verdade irrefutável obriga-nos a ser o<span class="apple-converted-space"> </span><i>Homem Novo</i><span class="apple-converted-space"> </span>todos os dias e a todos os minutos.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:Georgia; color:black">O meu irmão, com as suas fraquezas e limitações, procurou, a sua maneira, ser um<span class="apple-converted-space"> </span><i>Homem Novo</i>. Estou certo que ele foi levado à presença do Senhor.Resta-me, com a Sua ajuda, procurar ser o Homem Novo preparando-me para o momento <st1:personname productid="em que Ele" st="on">em que Ele</st1:personname> me chame.</span></p></div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-41802992078568489162009-08-06T03:26:00.000-07:002009-08-06T03:44:34.841-07:00Férias - fase II<div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Passados os dias de dor e sofrimento, vou tentar descansar e repousar para um pequeno paraíso que quando Deus o criou pensou: "<i>o meu filho Tomás e aqueles que Lhes vou confiar como sua família vão adorar este pequeno local</i>".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Lá a areia fina ostenta menos vereaneantes estendidos, o mar é clamo, e as ostras... aí as ostras...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Lá, ao acordar, vejo a ria cuja calma só é perturbada pelos barcos dos pescadores que levam as pessoas para a praia... Largo tudo e vou para a praia para descansar um pouco, isolar-me do mundo, das pessoas, do cansaço e do desgaste das tramas e traições do mundo moderno.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mais importante de tudo, estes dias que lá passo são os momntos da minha vida em que posso realmente aproveitar e estar com o meu pequeno núcleo familiar. Nestes dias não tenho pressa que eles cheguem a horas "<i>pour apprendre à parler français</i>", não tenho pressa para aquele prazo, para aquela conferência, para nada...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sinto sempre que a vida enquanto por cá andamos anda sempre trocada... Deveríamos passar 10/15 dias com pressa e os restantes 330 dias do ano com aqueles de quem gostamos, sem pressas, sem pressões, só porque os amamos?</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-76051545419168924412009-08-04T02:56:00.000-07:002009-08-04T02:59:13.452-07:00PLMJ<div style="text-align: justify;">Hoje deixei o escritório de advogados onde me iniciei na Advocacia. Em breve vou abraçar um novo projecto, mas para já ainda está no segredo dos deuses... Estou de facto numa fase da minha vida em que vivo muitas mudanças...</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-39557054995597283802009-08-02T13:58:00.000-07:002009-08-02T14:04:28.247-07:00Mudanças<div style="text-align: justify;">Passei o dia numas pequenas mudanças. Estas marcaram o fim de uma fase e de um projecto...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A vida é feita de mudanças. Aliás, não é mais que uma constante dialéctica de acontecimentos mais ou menos encadeados, nos quais vamos vivendo e aos quais nos vamos adaptando.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Contudo, é curioso ver que as pessoas vão guardando memórias e objectos que são autênticos auxiliares de memória dessas mudanças.</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-56307249126093985122009-08-01T04:14:00.000-07:002009-08-01T04:45:45.303-07:00Pedro<div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Meu Querido Mano,</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A Sua chamada foi inesperada... Um soco na barriga, uma lição de humildade. Agora, és um exemplo que nos mostra que devemos procurar viver a vida sempre ao Seu serviço e centrados naquilo que realmente importa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Resta-me recordar-te e amar-te. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Certo <i>Homem de Deus</i>, de quem gosto particularmente, disse-me duas coisas, que agora penso sempre que estou contigo, (i) o Pai que ama os seus filhos, não chamaria um deles em condições tão particulares se para tal não houvesse um propósito, uma razão que não entedemos; (ii) por outro lado, pouco importa que tenhas vivido aqui em baixo apenas 27 anos, em primeiro lugar, porque em 27 anos viveste mais que muitos velhinhos, e nessa vida foste sempre dedicado e procuraste pertencer aos <i>justos</i> - (iii) esgostaste a vida.</div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Só quero que te lembres sempre que te amo, que muito ficou por dizer e que sinto o vazio das tuas palavras, do teu ombro, dos disparates que faziamos juntos, das horas intermináveis de estudo que partilhámos lado a lado, das tuas birras, de ti...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mas, de quando em quando, quando menos espero, sinto-te ao meu lado, quando comungo, sinto que comungas comigo porque agora estás em plena comunhão com Ele.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Amo-te e recordo-te, ontem, hoje e amanhã...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><i>Fica entre nós</i>, não andes por aí sempre a correr...</div><div style="text-align: justify;">Beijinhos,</div><div style="text-align: justify;">Do teu mano,</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tomás </div><div style="text-align: justify;">(o teu <i>juny</i>)</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-20974419627161259992008-10-31T09:14:00.000-07:002008-10-31T09:16:20.256-07:00Altura, profundidade, largura...<div align="justify"><span style="font-family:georgia;">“<em>Altura, profundidade, largura... Estas três dimensões estão em correspondência com o desenvolvimento do homem. A altura está ligada ao pensamento, a profundidade, ao sentimento, e a largura, à actividade.<br /><br />Por isso, não se deveria falar de pensamentos profundos, mas de pensamentos elevados, nem de sentimentos elevados, mas de sentimentos profundos. Quanto à actividade, ela deve ser ampla, vasta.<br /><br />No decurso do seu crescimento, a árvore desenvolve-se sucessivamente nestas três direcções. Primeiro, do germe nasce uma raiz que mergulha no solo. Depois, quanto mais a raiz cresce e se enterra profundamente, mais a árvore pode crescer e alargar-se. Em seguida, forma-se o tronco, que ganha altura pouco a pouco. Uma vez garantidas a profundidade das raízes e a altura do tronco, a árvore estende amplamente os seus ramos.<br /><br />O homem deve crescer à maneira da árvore. Só depois de ter aprofundado os seus sentimentos é que ele pode elevar o seu pensamento; e, quando o seu pensamento se tiver elevado, ele poderá alargar a sua actividade.</em>”</span><span style="font-family:georgia;"><br /><br />Omraam Mikhaël Aïvanhov</span></div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-70695681429735481842008-10-02T11:39:00.000-07:002008-10-02T11:48:53.493-07:00Waiting On The World To Change<div align="justify">Como qualquer pessoa jovem há que ser sonhador e idealista. Eu sonho com um mundo melhor, onde exista mais esperança e justiça.<br /><br />Deixo aqui uma música que reflecte bem esse espírito:<br /><a href="http://www.youtube.com/watch?v=uPOBMzMTP4U">http://www.youtube.com/watch?v=uPOBMzMTP4U</a><br /><br />E aproveito para relembrar o discurso imortal de Martin Luther King:<br /><br />“<em>I am happy to join with you today in what will go down in history as the greatest demonstration for freedom in the history of our nation.<br /><br />Five score years ago, a great American, in whose symbolic shadow we stand today, signed the Emancipation Proclamation. This momentous decree came as a great beacon light of hope to millions of Negro slaves who had been seared in the flames of withering injustice. It came as a joyous daybreak to end the long night of their captivity.<br /><br />But one hundred years later, the Negro still is not free. One hundred years later, the life of the Negro is still sadly crippled by the manacles of segregation and the chains of discrimination. One hundred years later, the Negro lives on a lonely island of poverty in the midst of a vast ocean of material prosperity. One hundred years later, the Negro is still languishing in the corners of American society and finds himself an exile in his own land. So we have come here today to dramatize a shameful condition.<br /><br />In a sense we have come to our nation's capital to cash a check. When the architects of our republic wrote the magnificent words of the Constitution and the Declaration of Independence, they were signing a promissory note to which every American was to fall heir. This note was a promise that all men, yes, black men as well as white men, would be guaranteed the unalienable rights of life, liberty, and the pursuit of happiness.<br /><br />It is obvious today that America has defaulted on this promissory note insofar as her citizens of color are concerned. Instead of honoring this sacred obligation, America has given the Negro people a bad check, a check which has come back marked "insufficient funds." But we refuse to believe that the bank of justice is bankrupt. We refuse to believe that there are insufficient funds in the great vaults of opportunity of this nation. So we have come to cash this check — a check that will give us upon demand the riches of freedom and the security of justice. We have also come to this hallowed spot to remind America of the fierce urgency of now. This is no time to engage in the luxury of cooling off or to take the tranquilizing drug of gradualism. Now is the time to make real the promises of democracy. Now is the time to rise from the dark and desolate valley of segregation to the sunlit path of racial justice. Now is the time to lift our nation from the quick sands of racial injustice to the solid rock of brotherhood. Now is the time to make justice a reality for all of God's children.<br /><br />It would be fatal for the nation to overlook the urgency of the moment. This sweltering summer of the Negro's legitimate discontent will not pass until there is an invigorating autumn of freedom and equality. Nineteen sixty-three is not an end, but a beginning. Those who hope that the Negro needed to blow off steam and will now be content will have a rude awakening if the nation returns to business as usual. There will be neither rest nor tranquility in America until the Negro is granted his citizenship rights. The whirlwinds of revolt will continue to shake the foundations of our nation until the bright day of justice emerges.<br />But there is something that I must say to my people who stand on the warm threshold which leads into the palace of justice. In the process of gaining our rightful place we must not be guilty of wrongful deeds. Let us not seek to satisfy our thirst for freedom by drinking from the cup of bitterness and hatred.<br /><br />We must forever conduct our struggle on the high plane of dignity and discipline. We must not allow our creative protest to degenerate into physical violence. Again and again we must rise to the majestic heights of meeting physical force with soul force. The marvelous new militancy which has engulfed the Negro community must not lead us to a distrust of all white people, for many of our white brothers, as evidenced by their presence here today, have come to realize that their destiny is tied up with our destiny. They have come to realize that their freedom is inextricably bound to our freedom. We cannot walk alone.<br /><br />As we walk, we must make the pledge that we shall always march ahead. We cannot turn back. There are those who are asking the devotees of civil rights, "When will you be satisfied?" We can never be satisfied as long as the Negro is the victim of the unspeakable horrors of police brutality. We can never be satisfied, as long as our bodies, heavy with the fatigue of travel, cannot gain lodging in the motels of the highways and the hotels of the cities. We cannot be satisfied as long as the Negro's basic mobility is from a smaller ghetto to a larger one. We can never be satisfied as long as our children are stripped of their selfhood and robbed of their dignity by signs stating "For Whites Only". We cannot be satisfied as long as a Negro in Mississippi cannot vote and a Negro in New York believes he has nothing for which to vote. No, no, we are not satisfied, and we will not be satisfied until justice rolls down like waters and righteousness like a mighty stream.<br /><br />I am not unmindful that some of you have come here out of great trials and tribulations. Some of you have come fresh from narrow jail cells. Some of you have come from areas where your quest for freedom left you battered by the storms of persecution and staggered by the winds of police brutality. You have been the veterans of creative suffering. Continue to work with the faith that unearned suffering is redemptive.<br /><br />Go back to Mississippi, go back to Alabama, go back to South Carolina, go back to Georgia, go back to Louisiana, go back to the slums and ghettos of our northern cities, knowing that somehow this situation can and will be changed. Let us not wallow in the valley of despair.<br /><br />I say to you today, my friends, so even though we face the difficulties of today and tomorrow, I still have a dream. It is a dream deeply rooted in the American dream.<br /><br />I have a dream that one day this nation will rise up and live out the true meaning of its creed: "We hold these truths to be self-evident: that all men are created equal."<br /><br />I have a dream that one day on the red hills of Georgia the sons of former slaves and the sons of former slave owners will be able to sit down together at the table of brotherhood.<br /><br />I have a dream that one day even the state of Mississippi, a state sweltering with the heat of injustice, sweltering with the heat of oppression, will be transformed into an oasis of freedom and justice.<br /><br />I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character.<br /><br />I have a dream today.<br /><br />I have a dream that one day, down in Alabama, with its vicious racists, with its governor having his lips dripping with the words of interposition and nullification; one day right there in Alabama, little black boys and black girls will be able to join hands with little white boys and white girls as sisters and brothers.<br /><br />I have a dream today.<br /><br />I have a dream that one day every valley shall be exalted, every hill and mountain shall be made low, the rough places will be made plain, and the crooked places will be made straight, and the glory of the Lord shall be revealed, and all flesh shall see it together.<br /><br />This is our hope. This is the faith that I go back to the South with. With this faith we will be able to hew out of the mountain of despair a stone of hope. With this faith we will be able to transform the jangling discords of our nation into a beautiful symphony of brotherhood. With this faith we will be able to work together, to pray together, to struggle together, to go to jail together, to stand up for freedom together, knowing that we will be free one day.<br /><br />This will be the day when all of God's children will be able to sing with a new meaning, "My country, 'tis of thee, sweet land of liberty, of thee I sing. Land where my fathers died, land of the pilgrim's pride, from every mountainside, let freedom ring."<br /><br />And if America is to be a great nation this must become true. So let freedom ring from the prodigious hilltops of New Hampshire. Let freedom ring from the mighty mountains of New York. Let freedom ring from the heightening Alleghenies of Pennsylvania!<br /><br />Let freedom ring from the snowcapped Rockies of Colorado!<br /><br />Let freedom ring from the curvaceous slopes of California!<br /><br />But not only that; let freedom ring from Stone Mountain of Georgia!<br /><br />Let freedom ring from Lookout Mountain of Tennessee!<br /><br />Let freedom ring from every hill and molehill of Mississippi. From every mountainside, let freedom ring.<br /><br />And when this happens, when we allow freedom to ring, when we let it ring from every village and every hamlet, from every state and every city, we will be able to speed up that day when all of God's children, black men and white men, Jews and Gentiles, Protestants and Catholics, will be able to join hands and sing in the words of the old Negro spiritual,</em> <em>"</em>Free at last! Free at last! Thank God Almighty, we are free at last!<em>"</em>”.</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-40379350993379019572008-05-28T09:13:00.000-07:002008-05-28T09:15:14.993-07:00Sabor Amargo<div align="justify">Na vida surgem oportunidades que as pessoas vão tentando aproveitar.<br /><br />Surgiu-me uma grande oportunidade, mas a concretização da mesma precisa de financiamento.<br /><br />Assim, apesar de pertencer a uma minoria privilegiada (tenho casa, comida e tive uma excelente formação – não devo representar 1% da população humana), devo dizer que não pertenço à minoria capitalista do nosso país.<br /><br />Sem outra alternativa, dirigi-me a diversas instituições bancárias em busca de uma solução para alcançar o meu almejado sonho.<br /><br />Confesso que sabia que os juros cobrados pelas instituições bancárias são escandalosos, mas como a maioria da população, vivo clama e pacificamente anestesiado pelo parco conforto que a minha existência vai tendo.<br /><br />Tudo isto para partilhar com os meus poucos leitores que me revoltou, profundamente, e uma vez mais, que em todas aquelas instituições em que entrei, uns pobres funcionários, como que estupidificados pela rotina dos mesmos dizeres, me comunicassem, com a maior naturalidade do mundo, e sempre com um ar sério e profissional, que as instituições que representavam me concederiam crédito se eu pagasse, pelo menos, três vezes mais do que aquilo que me concederiam.<br /><br />Não me interpretem mal, não defendo a abolição da economia livre de mercado, mas o capitalismo selvático não pode ser acariciado, protegido e incentivado pela indiferença de todos nós. Recuso ficar indeferente e manifesto o meu inconformismo.<br /><br />Não incito a que destruam as instituições bancárias ou a propriedade privada, longe de mim, mas penso que se a aquelas tivessem os seus lucros próximos da maioria dos negócios (cerca de 10%), por um lado seria justo e normal, e por outro seria possível à maioria das pessoas viverem um pouco melhor.</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-31437129043187812462007-08-03T06:38:00.000-07:002007-08-03T06:43:39.222-07:00Analfabetísmo<div align="justify">No decurso da minha pouca experiência profissional, pelo menos no ramo da advocacia, as incumbências do estágio – refiro às escalas nos tribunais criminais – fizeram-me deparar com uma realidade que transparece uma clamorosa injustiça social que em pleno século XXI ainda não conseguimos resolver.<br /><br />Enquanto defensor oficioso encontrei Arguidos que não possuem o mínimo indispensável de conhecimentos, de tal modo que mal conseguem se exprimir condignamente. Já não vou referir o aspecto e a falta de salubridade com que estes pobres coitados se apresentam perante o Tribunal Criminal, situação em que, diga o que se disser, deveriam procurar estar minimamente apresentáveis (refiro-me a banho tomado e uma roupa lavada), falo apenas de condições para se expressar e estar em Tribunal.<br /><br />Na faculdade tinha contactado com colegas que provinham de alguns meios mais humildes e da “terra” que me reportavam e me alertavam (ao menino da cidade) que da cidade para o meio rural existe um fosso enorme que poucos conseguem transpor e que, mais grave ainda, este, nos últimos anos, tem estado a agravar.<br /><br />De facto nunca duvidei de tais relatos, mesmo porque estes ilustres colegas merecem toda a credibilidade. Porém, aquilo que nunca imaginei foi que o campo existisse mesmo no meio cidade. Aqui não refiro a qualquer cidade, estou a falar de Lisboa, Capital do país!!!<br /><br />Na última escala que fiz, deparei-me com sete Arguidos, todos de Lisboa, e todos eles praticamente analfabetos e sem o mínimo de condições económicas e sociais pu o mínimo de formação escolar ou liceal.<br /><br />Ainda que não me agrade, compreendo que os meios rurais, pela distância e pelo afastamento da “cidade”, possam criar situações de carência educacional. No entanto, em pleno tecido urbano, aliás, no mais importante tecido urbano do país, no qual existem meios de transporte e meios educacionais, não se compreende, nem se admite.<br /><br />Infelizmente a única ilação que se pode tecer é que existe um problema mais grave do que a falta de meios. Esse problema é, claramente, a falta de civismo, a falta de consciência social, e a pobreza social de que todos somos culpados, porque todos consentimos, de um modo ou de outro, que esta situação de facto permaneça.</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-32688582032828735592007-07-31T10:43:00.000-07:002007-07-31T11:19:22.165-07:00A vida em família<div align="justify">No Domingo fiz anos e pela primeira vez na minha vida e na minha própria casa dei um almoço organizado e custeado por mim. Devo confessar que foi muito bom, por variadíssimas razões.<br /><br />Em primeiro lugar porque os convidados, que se restringiram aos familiares mais próximos, encheram-me a casa e são pessoas de quem eu gosto muito.<br /><br />Depois porque o almoço foi mais do que a refeição em si – foi o dia anterior, no qual fui comprar e escolher os alimentos, foi toda a preparação dos mesmos, foi a arrumação e preparação da casa para receber da melhor maneira, e é hoje e sempre a memória do primeiro almoço que dei e no qual recebia em minha própria casa.<br /><br />Por outro lado, este almoço é a afirmação da minha cada vez maior e total independência e autonomia, é a consagração do meu novo núcleo familiar que amo muito.<br /><br />Mais, é uma marca da cada vez maior cumplicidade que mantenho e tenho com a minha querida Carla a quem devo um especial agradecimento pelo contributo inigualável que deu para a concretização do almoço.<br /><br />Um dia, se Deus me der a oportunidade de dar esse testemunho, quando me perguntarem as coisas boas que tive durante a minha vida, eu vou responder, seguramente, <strong>a vida em família</strong>, os almoços e festas na companhia da família.<br /><br />Não há outra célula ou organização social que tenha tanta importância como a família.</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-10734020027342661462007-07-09T12:52:00.000-07:002007-07-09T12:59:00.605-07:00Justificação & Anúncio<div align="justify">O escrever em blogues tem sempre algo de libertador e que permite ao seu autor desanuviar...<br /><br />Pretendia que este fosse um blogue para o debate de ideias, mas confesso que não tenho tido tempo para nada, muito menos para aventar qualquer ideia que mereça o seu debate...<br /><br />Escrevo apenas para que os meus caríssimos interlocutores não deixem de vir aqui pois virão melhores dias, dias esses em que a minha escrita será certamente mais profícua...<br /><br />Partilho apenas, em jeito de justificação, que a minha ocupação profissional tem sido extenuante, e que o pouco tempo que me resta tem sido todo canalizado para aqueles que mais precisam de mim: os meus queridos e adorados filhos. Para quem não sabe as suas aventuras e peripécias encontram-se relatadas pelo punho da minha querida e adorada Carla, minha futura mulher (vamos casar no próximo dia 13 de Outubro), em <a href="http://minhasgotinhas.blogspot.com/"><span style="color:#3366ff;">http://minhasgotinhas.blogspot.com/</span></a>. </div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-45679533854429314042007-06-17T15:39:00.000-07:002007-06-17T15:59:27.957-07:00Leitura bonita<div align="justify">A liturgia deste Domingo é, na minha modesta opinião, particularmente rica e profusa de simbologia, que merece uma reflexão mais profunda, pois tem uma mensagem que ainda é revolucionária…<br /><br />Deixo aqui apenas a leitura e num próximo post procurarei comentar.<br /><br />EVANGELHO – Lc 7, 36-50<br />Naquele tempo,</div><div align="justify">(36) Um fariseu convidou Jesus para comer com ele. Jesus entrou em casa do fariseu e tomou lugar à mesa. (37) Então, uma mulher – uma pecadora que vivia na cidade – ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um vaso de alabastro com perfume; (38) pôs-se atrás de Jesus e, chorando muito, banhava-Lhe os pés com as suas lágrimas e enxugava-Lhos com os cabelos, beijava-os e ungia-os com o perfume.<br /><br />(39) Ao ver isto, o fariseu que tinha convidado Jesus pensou consigo: «Se este homem fosse profeta, saberia que a mulher que O toca é uma pecadora».<br /><br />(40) Jesus tomou a palavra e disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa a dizer-te». Ele respondeu: «Fala, Mestre». (41) Jesus continuou: «Certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. (42) Como não tinham com que pagar, perdoou a ambos. Qual deles ficará mais seu amigo?». (43) Respondeu Simão: «Aquele – suponho eu – a quem mais perdoou». Disse-lhe Jesus: «Julgaste bem». (44) E voltando-Se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não Me deste água para os pés; mas ela banhou-Me os pés com as lágrimas e enxugou-os com os cabelos. (45) Não Me deste o ósculo; mas ela, desde que entrei, não cessou de beijar-Me os pés. (46) Não Me derramaste óleo na cabeça; mas ela ungiu-Me os pés com perfume. (47) Por isso te digo: São-lhe perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama». (48) Depois disse à mulher: «Os teus pecados estão perdoados».<br /><br />(49) Então os convivas começaram a dizer entre si: «Quem é este homem, que até perdoa os pecados?». (50) Mas Jesus disse à mulher: «A tua fé salvou-te. Vai em paz».</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-70063928146088311992007-06-14T10:36:00.000-07:002007-06-14T10:40:23.716-07:00Profissão mais antiga do mundo!<div align="justify">Enviaram-me um <em>e-mail</em> de uma profunda inteligência, de nível intelectual superior, que, por isso mesmo, não posso deixar de partilhar com os meus leitores:<br /><br />“<em>Dizem que a profissão mais antiga do mundo foi a prostituição. Não posso concordar. Até porque não havia dinheiro quando o mundo começou, e se para o homem bastava dar com uma moca na cabeça da mulher e arrastá-la para a sua caverna, porque carga de água haveria de pagar?<br /><br />Dizem então que a primeira profissão deve ter sido um dos trabalhos mais básicos, como agricultura ou caça. Embora concorde que tenham sido das primeiras profissões, a primeira não foram, até porque no início não havia ferramentas para agricultura nem armas para caçar.<br /><br />Sugerem então que tenha sido o ensino. Mas para ensinar é preciso aprender. É a história de quem veio primeiro, o ovo ou a galinha. Neste caso, o estudante ou o professor. Ninguém nasce ensinado, logo teria de estudar primeiro. Mas no início não acredito que o homem tenha partido para esta actividade assim de arranque. Temos de nos colocar na pele desse primeiro homem para perceber.<br /><br />Então, o homem aparece. Um homem, Adão, sozinho, sem saber o que fazer. Qual a sua primeira iniciativa? Obviamente, coça os tomates. Assim sendo, a primeira profissão do mundo foi claramente... funcionário público!</em>”</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-75975282571503022102007-06-12T10:39:00.000-07:002007-06-12T10:41:14.967-07:00Santos Populares<div align="justify">Hoje vinha a chegar ao escritório e encontrei o Sr. Joaquim, o responsável pelas certidões de registo predial, comercial e civil há trinta anos no nosso escritório, e nos poucos metros que andámos falámos na <em>festa dos Santos</em>.<br /><br />Durante todo dia tive deslocações aos tribunais, entre outras, e por todo o lado se falava da <em>festa dos santos</em>.<br /><br />Vários colegas de escritório, de Lisboa, mas em especial os de fora de Lisboa, falaram o dia todo na <em>festa dos Santos</em>.<br /><br />É assim que vai o nosso país...<br /><br />Há trinta anos, dizia a oposição que a festa dos <em>Santos Populares</em>, uma das poucas permitas pelo regime, era uma forma de estupidificar e de incentivar o populismo.<br /><br />O que é um facto é que hoje muitos (a maioria) gostam da <em>festa dos Santos</em>, sem regime a apoiar, e a música pimba, também bate sempre recordes de venda!<br /><br />Ou seja, temos de admitir que o povo gosta de <em>Santos populares</em>, e de música pimba, e que a esquerda em geral, numa posição de elitismo cultural, estava errada.</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-50535625171311230002007-06-10T14:55:00.000-07:002007-06-10T15:06:02.879-07:00Um sonho<div align="justify">Hoje, num dos diversos <em>“zappings”</em> que fiz em busca de um programa ou filme interessante, vi os minutos finais daquele programa americano em que alguns apaixonados restauram e modificam carros antigos. Para ser franco, até acho foleiras algumas das alterações que fazem nos carros. Já para não referir que considero obsceno as somas que tais restauros envolvem. No entanto, nem tudo nesses programas é recriminável.<br /><br />Assim, ainda que não tenha nem o carro, nem o dinheiro, nem exista cá um programa equivalente, é para mim claro que existem, de facto, carros que, apesar de ostentarem vinte ou trinta anos, continuam a ser carros muito elegantes, mesmo face aos carros de “<em>último grito</em>”. Pensem quantas vezes tiveram oportunidade de observar um desses velhinhos “<em>calhambeques</em>” a passar pelas ruas, e as pessoas que os viram passar tiveram a mesma reacção: ficaram a olhar para esses carros.<br /><br />Um dos carros que gostaria de ter se fosse coleccionador, e/ou restaurar, um pouco na senda deste estilo de programas televisivos, e porque a minha marca de predilecção é a <em>BMW</em>, era o coupé <em>635 CSI</em>, ou <em>M6</em>, também conhecido por <em>E24</em>, desenhado por <em>Paul Bracq</em>.<br /><br />Trata-se de um desportivo para mim intemporal, que, ainda hoje, passados mais de 25 anos da sua apresentação, faz boa figura. A sua comercialização começou em 1976, com dois modelos: um com carburador, motor de 3,0 litros, que debitava 180 cavalos de potência, e um segundo, na variante <em>CSI</em> (motor de injecção directa), com motor de 3.3 litros, que debitava 200 cavalos. Em 1978 saiu o <em>635 CSI</em>, que no final do período de vida do modelo, a divisão <em>Motorsport</em> da <em>BMW</em> fez algumas modificações, passando a ostentar a designação de <em>M6</em> e o motor passou a debitar 315 cavalos de potência.<br /><br />Por razões históricas, nomeadamente a destruição provocada pela segunda guerra mundial, e uma economia com pouco poder de compra no pós-segunda guerra mundial, obrigaram a <em>BMW</em>, para garantir a sua sobrevivência, a produzir modelos menos exuberantes, exluindo totalemente das linhas de produção os carros desportivos. Daí, só no final na década de 60, a <em>BMW</em> começou a pensar produzir desportivos, sendo o primeiro o <em>Z1</em>, e pouco depois surge este <em>série 6</em>, com o qual a <em>BMW</em> pretendia concorrer com modelos equivalentes da <em>Porsche</em> e da <em>Mercedes</em>.<br /><br />Deste modelo foram produzidos mais de 50 mil exemplares com motores de 3,5 litros, incluindo os da variante <em>M6</em>. Após 86 216 unidades produzidas, em Abril de 1986, a <em>BMW</em> deixou de produzir este modelo. Contudo, dada a sua boa aceitação pelos consumidores americanos, este modelo continuou a ser produzido nos <em>EUA</em> até 1988.</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-16012066998974344322007-06-07T01:47:00.001-07:002007-06-07T02:06:51.343-07:00Arrependimento e Perdão<div align="justify">“(…)<em> Recuar para as coisas legítimas, arrepender-te, era impossível: o arrependimento é um facto católico, não é um facto social.</em>(…)”<br /><span style="font-size:78%;">Carta de Capitão Rytmel à Condessa, in O Mistério da Estrada de Sintra, Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão, Parceria A. M. Pereira, 2.ª Edição, 2005, pg. 226 e 227.<br /></span><br />O arrependimento e o perdão, duas faces da mesma moeda, são dois dos mistérios da fé que considero mais importantes e, ao mesmo tempo, mais exigentes.<br /><br />Perante o arrependimento verdadeiro, inequívoco e sem reservas, deve o perdão, nos mesmos termos, ser concedido.<br /><br />Mas, na realidade, o perdão, como relata à sua amada o Capitão Rytmel, não existe no mundo social. Pelo contrário, apesar de todos termos pecados, todos atiramos pedras e excluímos aqueles que erram e/ou pecam, ainda que se tenham arrependido verdadeiramente…<br /><br />O mundo anda enganado sobre a missão para a qual Ele nos veio chamar: “<em>amai-vos uns aos outros como eu vos amei</em>”. Esta missão transmite a mensagem mais revolucionária, em todos os aspectos, e que apela ao perdão total dos infelizes. <br /><br />O Perdão, em toda a sua dimensão, comporta em si uma tarefa efectivamente Divina ou de Santidade. Mas o que é um facto, é que em Cristo não existem arrependidos, existem apenas filhos. <br /><br />Assim, na sociedade e na igreja devemos pugnar para que o Reino dele exista, para que “(…) <em>seja feita a sua vontade assim <strong>na terra</strong>, como no céu </em>(…)”, porque todos, sem excepção, somos chamados à Santidade, e a todos está prometido ver a Deus se formos puros de coração.</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-31280060337310311202007-06-06T05:22:00.000-07:002007-06-06T05:32:35.238-07:00Vinho<p align="justify">Gosto de apreciar um bom vinho, não sou como os gregos, que lhe chamavam o “<em>néctar dos deuses</em>”, mas confesso que muito me apraz, e cada vez mais, estar à mesa, acompanhando, com um bom vinho tinto, uma refeição preparada com esmero e celebrada com família e amigos.<br /><br />Considero, inclusivamente, que o vinho é um elemento essencial do cerimonial das “<em>refeições com família e amigos</em>”.<br /><br />Gosto que assim seja, em primeiro lugar, porque faz com que o vinho não seja um elemento do quotidiano, ou banal, mas de refeições especiais. Depois, também não podia ser de outro modo, porque a vida profissional louca que levo e que exige uma total disponibilidade de tempo e disposição não se compadece de alguns dos efeitos secundários – refiro-me essencialmente à sonolência – provocados por tais refeições.<br /><br />Recomendo, por isso, que desfrutem, sempre que possível, de um bom vinho tinto como aqui descrevi.</p>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-36123999699078393172007-06-05T07:50:00.000-07:002007-06-05T07:55:00.600-07:00Inconformismo<div align="justify">Depois de atingirmos uma certa independência – por exemplo, por termos saído de casa dos nossos pais –, existem certas atitudes e reacções que não esperamos que aconteçam ou que nos custa muito adoptar.<br /><br />Estas atitudes, mais do que ferirem o nosso orgulho e a nossa normal e saudável auto-estima, são sacrifícios e provações que “<em>saem a ferros</em>” de nós.<br /><br />Mas o que nos move normalmente são valores mais altos e razões preponderantes: os filhos, a família, a sobrevivência, o bem-estar...<br /><br />Talvez tenha apenas uma doce ignorância da juventude, mas espero que com a independência, que cada dia que passa se torna maior, menores sejam as exigências destas atitudes. Ou será que pelo contrário serão sempre as mesmas e simplesmente ficamos anestesiados pela sua frequência?<br /><br />Sinceramente não sei... Talvez seja apenas uma necessidade constante de exigir mais de mim, para poder exigir mais aos que me rodeiam, porque me revoltam certas atitudes que, como um mau hábito, permanecem e persistem... Incomoda-me que esses maus hábitos inebriem as pessoas que ficam como <em>Sancho Pança,</em> impassível perante a vida e os seus acontecimentos... Incomoda-me, finalmente, que esses maus hábitos sejam generalizados um pouco por todo lado, e um pouco por todas as pessoas.</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-13785022006935089772007-06-01T07:49:00.000-07:002007-06-01T08:00:31.357-07:00O novo blog do “Bucha”<div align="justify">Numa daquelas trocas de e-mails que vou fazendo com os amigos, consegui, com alguma (bastante) insistência, convencer o meu grande amigo José Bernardo, mais conhecido pelo “<em>Bucha</em>”, um pachorrento engenheiro aero-espacial, que em breve partirá para a Alemanha, para uma das secções de produção da Airbus, a criar um blog.<br /><br />Apesar de ser suspeito, convido todos os internautas que estiverem interessados a conhecer o auxiliar de memória em <a href="http://auxiliarmemoria.blogspot.com">http://auxiliarmemoria.blogspot.com</a> .<br /><br />Registo aqui, também, a crítica deste meu amigo aos meus posts muito longos e com português correcto demais para o ciberespaço. Segundo este <em>prático</em>, este é um espaço de abreviaturas e de liberdade de escrita...<br /><br />No entanto, mercê da minha profissão, tenho um certo vício de escrever, muito, e, procuro fazê-lo da melhor forma possível. Mas como não há criticas despiciendas procurarei suprir o meu “<em>defeito</em>”.</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-59771175051791406902007-05-29T14:22:00.000-07:002007-05-29T14:53:22.571-07:00Angústias<div align="justify">A vida é feita de pequenas vitórias, pequenas derrotas, alegrias, angústias…<br /><br />Os filhos são uma alegria – sempre eléctricos, sempre “<em>com a pilha toda”</em> –, a minha mulher é fonte da minha força – os seus braços quentes e acolhedores que me recebem todos os dias ao chegar a casa, e que são ouvintes e confidentes, interlocutores e participantes da minha vida.<br /><br />O trabalho, ainda que seja sempre muito laborioso, é a minha concretização, a realização de um sonho, um exercício de inteligência, uma forma de crescer.<br /><br />Deus surge-me como factor de conforto e exigência que me auxilia nos momentos mais difíceis.<br /><br />Mas a vida não se resume a estas realidades. Existem sempre outras coisas, outros problemas, outras exigências.<br /><br />As angústias que, por vezes, surgem na vida são problemas ingratos sobre os quais não temos o menor controlo. Relembram-nos da nossa fraqueza e pequenez, ao tirarem-nos a racionalidade e maturidade que possamos ter. Ficamos como “<em>Hansel e Gretel</em>” perdidos na floresta, à procura das migalhas de pão para poderem voltar para casa…</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-40363748591579334362007-05-23T15:43:00.000-07:002007-05-24T14:29:31.920-07:00Juízes ou Jurados?<p align="justify">Tenho um tema de concepção política do Estado de Direito e, ao mesmo tempo, de Direito Penal que sempre me intrigou, e para a qual não tenho resposta, nem encontro na doutrina uma resposta cabal.<br /><br />É uma questão aparentemente simples, e portanto, até os leigos percebem e podem reflectir. Apelo por isso ao contributo dos meus leitores para que deixem as suas reflexões aqui expressas.<br /><br />Sem me querer alongar muito, deixarei apenas os traços mais gerais de forma a não condicionar as eventuais respostas.<br /><br />No nosso estado democrático existe um órgão de soberania que não tem a sua legitimidade no povo. Estou a falar do Poder Jurisdicional (a Justiça).<br /><br />Na clássica concepção de Democracia, na qual se insere a República Portuguesa, a legitimidade do poder assenta no <em>povo</em>.<br /><br />O povo elege os representantes do poder por mandatos com duração previamente determinada, e todos os órgãos tem uma certa interdependência para que exista um certo controlo feito por cada poder aos outros.<br /><br />Isto acontece com todos os órgãos de poder, à excepção do <em>Poder Jurisdicional</em>. Se atendermos à nomeação dos juízes, temos de concluir que esta nada tem de democrática, no sentido de não existir uma eleição destes pelo povo.<br /><br />A razão para tal fenómeno é óbvia: o juiz não pode ser uma pessoa que não tenha uma formação muito específica e apurada, porque tem o poder de restringir liberdades e garantias constitucionalmente consagradas dos restantes cidadãos.<br /><br />Mas então como assegurar a representação democrática deste poder? Alguns países, como o Reino Unido e os Estados Unidos, adoptaram sistemas que, na perspectiva de assegurar uma maior representatividade no poder jurisdicional, nomeiam jurados por sorteio (de uma lista composta por cidadãos maiores), para decidir em julgamento. Ao juiz cabe apenas o papel final de aplicação do direito ao caso concreto, em função da decisão do “povo” (representado pelos jurados).<br /><br />O óbice destes sistemas é uma clara redução de humanidade e maturação jurídica, por exemplo, na aplicação das penas, tornando-se muitas vezes mais “pesadas”. Facto que é fortemente criticado pelos profissionais da área, uma vez que o nosso sistema penal visa a correcção e reintegração total do condenado na sociedade.<br /><br />Mas, do outro lado da balança também existem argumentos de peso. Em primeiro lugar, argumentam que o direito é um fenómeno histórico-social (surge e aparece numa determinada sociedade com hábitos e modos de vida específicos, e evolui historicamente nessa mesma sociedade), logo, se jurados escolhidos por sorteio assim o entendem, então o direito e a sua aplicação não podem deixar de ser sensíveis aos desejos do <em>povo soberano</em>.<br /><br />Argumentam, ainda, que os sistemas que idealizam a reintegração do condenado na sociedade são desfasados da realidade, pois os condenados, depois de entrarem numa prisão, só se ressocializam no mundo da deliquência e da criminalidade.<br /><br />Por último, referem que as democracias que adoptam os sistemas como o nosso, criam órgãos de controlo e fiscalização das magistraturas, como em Portugal existe o <em>Conselho Superior de Magistratura</em>, que mais não são um órgãos corporativos, pois são, normalmente, constituídos por membros da magistratura, que protege a sua classe e que não controla e fiscaliza, de facto, o poder jurisdicional.<br /><br />Chegados a este ponto, cabe formular a pergunta: será que o sistema jurisdicional “<em>continental</em>”, pela sua, pretensa, maior maturação de pensamento jurídico é mais virtuoso e democrático do que o <em>modelo anglo-saxónico</em>? Ou será que, pelo contrário, o <em>modelo anglo-saxónico</em>, pela sua maior permeabilidade à vontade popular, é mais democrático e mais justo?<br /><br />Assim, ainda que tenha uma opinião formada, espero que os meus leitores se pronunciem tal como se de um plebiscito se tratasse.<br /><br />Deixo expresso, desde já, os meus mais sinceros agradecimentos a todos aqueles que prestem os seus prezados conrtibutos.</p>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-44989317120146138852007-05-21T14:52:00.000-07:002007-05-21T15:25:07.260-07:00Proposta de lei<div align="justify">Durante o fim-de-semana, veio anunciado na comunicação social a proposta de lei do grupo parlamentar do <em>Bloco de Esquerda</em> (BE) relativa ao casamento.<br /><br />Pese embora não conheça a referida proposta de lei vou tecer alguns comentários com base naquilo que tive oportunidade de ler nos jornais.<br /><br />Pelo que anunciavam aqueles, este grupo parlamentar pretende facilitar ainda mais o divórcio, para tal feito sugere que se crie o “<em>divórcio unilateral</em>”.<br /><br />Face à minha formação jurídica, tal conceito provoca em mim, de imediato, uma total repulsa.<br /><br />Na lei processual em questões civis, podemos distinguir, entre outros, dois grandes grupos: o das acções relativas a direitos disponíveis, e o grupo das acções relativas a direitos indisponíveis.<br /><br />Nas acções nas quais se apreciam direitos disponíveis, caso o réu (a parte contra quem é intentada a acção) não se pronunciar, não exercendo o seu direito ao contraditório, considera a lei que o alegado pelo autor é dado como provado – em termos legais, cria-se uma situação de <em>revelia do réu</em> – passando-se logo para a sentença.<br /><br />Porém, para os direitos indisponíveis, como são os direitos relativos ao estado civil das pessoas, a lei considera, pela importância dos direitos em questão, que a parte a que pertencem tais direitos nunca renuncia aos mesmos. Ou seja, ao contrário da maioria das acções, nunca existe uma situação de <em>revelia do réu</em>, tendo sempre de existir um julgamento para a produção de prova do alegado.<br /><br />O <em>casamento</em> é qualificado pela lei como <em>contrato bilateral</em> (envolvendo duas partes), exigindo-se para a sua celebração o cumprimento de uma forma especial.<br /><br />O divórcio surge, cortando com o conceito de indissolubilidade do casamento católico, com base na liberdade contratual. Muito sinteticamente, não fazia sentido que todos os contratos pudessem cessar e o casamento, enquanto contrato, não pudesse.<br /><br />No entanto, não por questões religiosas, mas sim por questões de segurança da própria sociedade, a resolução deste contrato, tem de envolver sempre as duas partes pois produz efeitos relativamente a ambas.<br /><br />A lei consagra duas possibilidades para que esta se efective: a primeira é o <em>divórcio por mútuo consentimento</em>, e a segunda é o chamado <em>divórcio litigioso</em>. Nos dois tipos, ambas as partes têm sempre que ser ouvidas para que o divórcio possa ser decretado.<br /><br />Mais, a lei considera que, no caso do <em>divórcio litigioso</em> nunca ocorre uma situação de revelia do réu, ocorrendo sempre o julgamento para que as duas partes se pronunciem.<br /><br />Assim, logo numa análise jurídica preliminar e muito sucinta tal conceito proposto pelo grupo parlamentar do <em>BE</em> não é viável porque não é compatível com as regras gerais de direito, logo, foi certamente proposto por pessoas com pouca formação jurídica.<br /><br />Depois, não é possível argumentar, como anunciavam as notícias, que o <em>BE</em> pretende acautelar que seja sempre possível o divórcio, ainda que tal seja apenas desejado por uma das partes. Uma vez mais, nota-se a falta de formação jurídica de quem elaborou tal proposta.<br /><br />O regime consagrado pela lei permite que seja sempre decretado o divórcio em condições razoáveis (a violação dos <em>deveres conjugais</em>).<br /><br />Não se pode argumentar que estas condições são muito restritas porque da mesma maneira que o casamento carece do preenchimento de algumas condições para a sua concretização, também carecerá de outras tantas para a sua resolução.<br /><br />Por outro lado, as condições que a lei exige para o divórcio litigioso são, no mínimo, “<em>saudáveis</em>”, porque desincentivam o divórcio de ânimo leve – porque tal pode implicar ser condenado o cônjuge culpado pela dissolução do casamento, e suportar as eventuais consequências que isso implica.<br /><br />É forçoso deixar uma brevíssima nota quanto ao <em>casamento</em>. Historicamente deve ser das instituições mais antigas da humanidade, que precede mesmo os conceitos de Estado, de Nação, e até o de Religião.<br /><br />Tal instituição surgiu com diversas formas e diversos nomes em todas as civilizações que o Homem criou e, apesar das poucas diferenças, este instituto sobreviveu, e sobreviverá, ao tempo.<br /><br />O conceito de família pode mudar, evoluir, o que, eventualmente, implica mudanças no regime ou no número de casamentos. Mas o casamento e a sua dissolução não são algo que possa ser muito reinventado como pretende o <em>BE</em>.<br /><br />O Estado deve, ao contrário do que pretende o <em>BE</em> com a sua proposta de lei, incentivar o casamento, pois permite que exista “<em>Família</em>” – enquanto célula sobre a qual deve estar fundada toda a sociedade – mas também porque, e convém não esquecer, assegura a sobrevivência e continuação da espécie Humana – sejamos honestos o casamento existe, e existirá para assegurar a continuidade da espécie.<br /><br />Mas também convém dizer que a <em>Família</em> tem um papel fundamental pois só esta consegue transmitir conhecimentos e conceitos que não se aprendem noutros meios.<br /><br />Em face do exposto, é manifesto que a proposta de lei do <em>BE</em> é despropositada, e que está desfasada da realidade. Mais, tal proposta é claramente atentatória ao interesse público e nacional, estando, como tal, condenada ao esquecimento.</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-28257355214913732182007-05-18T09:15:00.000-07:002007-05-19T09:22:56.698-07:00São Ivo de Kermatin ou Saint Yves de Kermatin<div align="justify">Amanhã é dia de São Ivo que é padroeiro dos advogados, juízes, e das crianças abandonadas. Como tal, a vida deste deve inspirar como exemplo a minha actividade profissional. Fica aqui uma breve nota sobre este Santo.</div><div align="justify"><br />Nasceu em 1253, nas proximidades de Treguier, na Baixa Bretanha. Aos 14 anos foi para Paris onde estudou filosofia, teologia, direito civil e direito canónico.<br /><br />Foi ordenado sacerdote, e durante quatro anos exerceu o cargo de juiz eclesiástico na diocese de Rennes.<br /><br />Residia no solar de Kermatin que herdou dos seus pais. Nele institui um local aberto a todos e, em especial, aos mais desfavorecidos. Este espaço funcionava como hospital, como local de recolhimento para pessoas idosas e como orfanato para crianças abandonadas.<br /><br />São Ivo atendia os pobres e os mais desfavorecidos gratuitamente, dando-lhes orientação jurídica para que seus direitos fossem devidamente respeitados. São Ivo opunha-se aos excessos e abusos resultantes da cobrança injustificada de impostos pelos senhores feudais.<br /><br />Assim, tomava a defesa dos pobres e oprimidos, lutando contra as regras estabelecidas e demonstrando uma enorme sensibilidade de Justiça. Segundo alguns documentos contemporâneos de São Ivo, este, por vezes, recuperava pelas suas próprias mãos animais e rendas levados injustamente pelos senhores feudais para pagamento de impostos.<br /><br />Rapidamente, São Ivo granjeou uma grande reputação pela integridade de vida e pela imparcialidade de seus juízos. Notabilizou-se por ter tido a coragem de se opor ao julgamento de uma mulher acusada injustamente, livrando-a de uma pena de morte certa. Passou a ser chamado de: <em>Advogado dos Pobres</em>.<br /><br />É um dos mais populares santos de toda a Bretanha. Pode-se dizer que toda a sua vida foi dedicada à Justiça, como advogado e depois como sacerdote e juiz eclesiástico, tendo sido pautada sempre pela mesma virtuosidade.<br /><br />Faleceu aos 50 anos, e já em vida gozava da fama de grande santidade.</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-7280294468136879832007-05-08T12:38:00.001-07:002007-05-09T05:09:07.429-07:00Trabalho<div align="justify">Qual deve ser o equilíbrio de tempo para o trabalho, lazer e descanso?<br /><br />O Direito anglo-saxónico, na sua maneira muito especial de legislar – pelo costume – considera que o dia deve ser dividido do seguinte modo: “<em>eight hours of work, eight hours of pleasure, eight hours of rest</em>”.<br /><br />Mas, como coadunar este conceito numa estrutura que apenas nos diz “<em>não tem horário, apenas tem de fazer o trabalho que lhe delegam</em>”?<br /><br />Mais grave é que nestas estruturas nem dez, onze ou doze horas diárias chegariam para aquilo que nos é atribuído, já para não falar de tudo aquilo que se desse abertura seria atribuído.<br /><br />E, como conciliar com uma vida familiar? E com uma vida social?<br /><br />A verdade é que a resposta, ainda que seja desagradável, é: não se concilia.<br /><br />Assim, vive meio mundo constantemente alheado do essencial – a mulher, os filhos, os pais, os avós, já para não falar de todos os problemas sociais que todos conhecemos e, simplesmente, ignoramos – para lutar, e aqui é que surge o caricato da situação, para poder ter condições, ou dar melhores condições de vida aqueles que são essenciais.<br /><br />Vive-se num constante malabarismo entre o trabalho, família e amigos.<br /><br />Como resolver este problema? Sinceramente, não posso ter certeza, mas ensaio aqui a minha proposta de solução.<br /><br />Será que a solução é adoptar uma postura de largar tudo para seguir um ideal? As religiões, nomeadamente a católica (posso falar com conhecimento de causa), numa atitude um tanto fanática, apelam aos seus crentes para deixarem tudo para seguir o seu Ideal.<br /><br />É minha opinião, que vale o que vale, que uma postura como esta, para uma pessoa que vive em sociedade, em família, ou que trabalha, contribui de algum modo para o bem comum, é egoísta, e, em certa medida, atinge o fanatismo.<br /><br />Uma pessoa só pode ser um bom crente quando conseguir um total equilíbrio em todas as “<em>personagens</em>” e papeis que desempenha na sociedade. Eu enquanto pai, irmão, filho, neto, profissional, crente, e cidadão, devo ser bom em qualquer uma destas personagens, procurando conciliar tudo da melhor maneira, à luz de bons princípios e valores.<br /><br />Eu não pretendo com isto afirmar que as religiões são perniciosas. Acredito que uma pessoa que não seja crente é infinitamente mais “<em>pobre</em>” que uma pessoa crente, porque certamente negligencia uma importante parte sensorial da sua personalidade.<br /><br />Contudo, o mais importante é não deixar de ter em mente que a fronteira que existe entre uma espiritualidade sã e o fanatismo é muito ténue.<br /><br />Com esta asserção regresso ao ponto de partida, na vida e no trabalho a fronteira entre um justo equilíbrio e o despropositado ou o exagero é muito fácil de transpor.<br /><br />Assim, devemos trabalhar muito? Sim, claro que sim. De preferência com disciplina e dedicação em grandes quantidades. No entanto, tal não impede que se perca de vista o ideal que tão bem está traduzido naquela máxima inglesa que transcrevemos <em>supra</em>.<br /><br />A interpretação deve ser feita no sentido que só poderemos praticar e usufruir bem de qualquer uma das três actividades se praticarmos bem todas bem. Porque só uma pessoa que viva e conviva com a sua família, mas também, que tenha tempo para descansar, é que trabalha no pleno das suas capacidades. Por outro lado, só uma pessoa que trabalhe com rigor e disciplina, poderá gozar de um merecido descanso, porque de outro modo não se tratará de descanso mas sim de um longo período de tédio.</div>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2277065706599600717.post-56680055848301470432007-05-06T01:44:00.000-07:002007-05-06T02:16:47.705-07:00O Dia da Mãe.<p align="justify"><span style="font-family:georgia;">Quero deixar aqui um beijinho muito especial a todas as mães deste mundo. Neste insere-se também uma mensagem de incentivo, apoio e confiança a todas as que estão em situações de maternidade, ou eminente maternidade, mais complicadas.<br /><br />Lembro o exemplo de Maria – numa altura em que as mulheres adúlteras eram apedrejadas, aceitou o chamamento de ser mãe nessas condições.<br /><br />Mas, independentemente de sermos crentes ou não, o exemplo desta mãe é notável porque suportou a grande provação de ver um filho torturado e crucificado. Ter um filho e criá-lo para assistir à sua morte, é uma pesada “<em>factura</em>”.<br /><br />O mesmo se pode dizer de todas as mães suportaram as mortes dos seus filhos por uma guerra, uma injustiça ou pela normal razão de ser da vida.<br /><br />Todas essas mães são apenas um testemunho para que, as actuais mães em provação, não desistam das missões a que foram chamadas ou acometidas, pois não há mãe que não ame os seus filhos, ainda que sofra muito.</span></p>TZOhttp://www.blogger.com/profile/04294451407316255680noreply@blogger.com1